quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

DICAS IPTABLES

Sobre este documento

Original em formato texto com marcações para conversão em HTML, processo automatizado com scripts e txt2tags.

Resumo de comandos e regras de iptables mais utilizados, (na minha opinião e como eu uso, copiar e colar).

Dificilmente os comandos e dicas atenderão suas necessidades, muitos nem são compativeis com sua instalação ou nem servem para seu uso, tente adaptar ao seu ambiente, use como fonte de consulta e referencia.

Dicas - Solução de problemas

Tente instalar e configurar por partes, tente isolar o problema, facilita na localização do problema e solução, na manutenção ou instalação tente seguir esta ordem.

Passo 1 - Configure o servidor para navegar e pingar as maquinas da rede interna, configure as duas placas de rede e teste com ping para a rede interna e internet, prossiga com a instalação somente depois de obter respostas do comando ping para as maquinas da rede interna e navegar normalmente, quando não tem ambiente gráfico na maquina, use o lynx para testar a navegação, wget para download, outro serviço que possa testar o funcionamento da internet, ou arrisque prosseguir com o ping, no caso do ping faça testes com ping para um dominio.

Passo 2 - Compartilhe a conexão, sem firewall, somente compartilhe para testar a navegação a partir de uma estação, em lugar do firewall utilize estas regras de iptables.

  modprobe iptable_nat
iptables -t nat -A POSTROUTING -o ppp0 -j MASQUERADE
echo 1 > /proc/sys/net/ipv4/ip_forward

Ajuste o device de acordo com sua rede, ppp0 como no exemplo acima para conexões via modem discado ou ADSL conectado via pppoe, conexões de ADSL com IP fixo ou obtido por DHCP o device é eth0, altere no exemplo acima para o device em uso.

Passo 3 - Configure a estação para navegar, precisa configurar o gateway e DNS, com esta configuração a estação navega sem restrição alguma, veja mais dicas sobre compartilhamento de internet em

http://www.zago.eti.br/adsl-compartilhar.txt

Somente depois que conseguir navegar a partir de uma estação, passe para a configuração do firewall.

Passo 4 - Explore os logs, não esqueça da grande fonte de informações que são registradas nos logs, no servidor abra um console e procure o que tem abaixo de /var/log, por exemplo, após configurar o Squid e implementar a regra de redirecionamento, as estações não navegam, um bom começo é analizar os logs do Squid, execute a linha de comando.

tail -f /var/log/squid/access.log

Este comando exibe no console as mensagens de log, exibe em tempo real, no momento em que estão sendo formadas, tente a navegação na estação e veja os resultados no console, até aqui fica fácil isolar o problema, se navegava antes do redirecionamento e agora não navega, já sabe onde procurar, inicie verificando se o Squid está rodando, configurações do squid, diretivas, ACL, permissões nos arquivos e diretórios utilizados pelo squid, documentação de configuração do Squid, pegue a mensagem de erro e coloque na caixa de pesquisa do Google..

Procure também nas mensagens de outros arquivos de log do sistema, qualquer dúvida volte ao inicio e vá testando passo a passo, seja um bom observador, antes de pedir ajuda, procure identificar a regra ou condição que ocorre, tente outras opções.

FAQ, dicas e indicação de material sobre log em geral.

http://www.zago.eti.br/firewall/log-iptables.txt

http://www.zago.eti.br/firewall/log.txt

Lembrando que as regras acima não tem proteção alguma, maquinas de cara para a internet precisa de um firewall minimo, os exemplos acima são regras para compartilhar e não oferece proteção, portanto precisa criar seu firewall, testar e monitorar, vejas as indicações de alguns modelos, ferramentas testes.

Criar ambiente de testes e backup da instalação

Considere criar um ambiente de testes, não adianta reclamar que não tem "verba" ou não tem maquina, não custa nada, o pouco tempo que investir agora vai lhe poupar muito mais no futuro além de evitar muitos problemas, considere um bom investimento de tempo, utilize estações da rede com instalações dual-boot.

Veja dicas de como fazer duas instalações Linux no mesmo HD, utilize estações para testes, evite em servidores embora seja possivel, passo a passo em

http://www.zago.eti.br/boot_div.txt

Dual boot Linux e windows - Aproveite e veja a dica sobre backup da instalação completa do windows na partição Linux, quando algum virus comer o windows ou precisar reinstalar, vai poupar muito tempo, basta uma simples cópia de volta para recuperar a instalação do windows, passo a passo em.

http://www.zago.eti.br/boot-dual-win-e-linux.html

Nesta estação (instalação) de testes, vai consumir somente parte do espaço do HD e nada mais, utilizando maquina que está atrás de firewall vai complicar um pouco, para não mexer na configuração atual, procure seguir uma destas opções.

A - instalar um modem discado nesta maquina de testes, lembrando que as regras de iptables são mesmas para modem discado e ADSL conectado via rp-pppoe, a única diferença pode ocorrer no device, algumas conexões utilizam o device diferente, como eth0, wlan0 ou outro, as regras são as mesmas, ajuste o device utilizado, modem discado utiliza "ppp0".

Nada de hardmodem ou sofisticação, pra testes pode utilizar aqueles modem on-board que já vem de brinde em algumas maquinas, atende muito bem, pode ser um AMR PCtel, instala facilmente na maioria das distros, complica um pouco com atualização do kernel mas tem solução, não precisa de placa de rede adicional, a única diferença fica por conta do device e lentidão.

Prontinho, com este micro conectado na net, use uma estação conectada a ele, pode usar um cabo crossover para trabalhar totalmente isolado das demais maquinas.

Pode até ser usado quando cai o link ou ADSL, embora muito mais lento permite acesso à internet enquanto o ADSL não volta.

Daqui pra frente só depende da sua criatividade para explorar as duas redes, porque não usar mais duas maquinas para criar mais uma conexão para testes com VPN, outros serviços de rede, outras distros ou novas versões, só depende de ti!.

B - Quem pode fazer os testes fora do horario de expediente ou quando a internet não está em uso, nestes casos considere duas ou mais instalações do Linux no mesmo HD ou usar outro HD na maquina, isto permite todo tipo de teste sem comprometer a instalação que funciona, quando terminar os testes, volta facilmente ao estado que era antes.

C - Utilizando estação com dual-boot e duas placas de rede, quando o cabo do modem não alcaça a maquina de testes, para não levar o micro até o local do modem, ou para não levar o modem até o local do micro, faça um cabo de rede para ligar o ADSL a este micro de testes, normalmente é um cabo crossover, utilize emendas RJ45 ou cabo especifico e do tamanho necessário, lembre que isto deve fazer parte do seu kit de sobrevivencia, utilize também para testes de atualização dos pacotes e outros fins, considere manter como backup do firewall, qualquer problema com a maquina principal, basta trocar o cabo de micro.

Existem outras opções, os exemplos acima servem como base para pensar no assunto, observe o que tem à sua volta, seja criativo e mãos à obra.

Lembre que não precisa repetir todo o processo na maquina principal, simplesmente faça copia do script e arquivos de configuração.

Considere manter esta instalação como backup, em casos de emergencia, nunca se sabe quando vai ocorrer acidentes, queimar a maquina, HD ou uma pane na configuração que pare tudo, nestas situações basta alterar o IP que as estações nem ficam sabendo da troca, em menos de um minuto se faz a troca do IP e sobe a segunda maquina do firewall.

Porque não pensei nisso antes!

Resumo - Dicas - Comandos de uso frequente...

Salvar regras em arquivo; iptables-save > meufire.txt

Carregar configurações que salvou com iptables-save > meufire.txt use iptables-restore <>

Listar no console as regras em uso; iptables -L

Salvar em arquivo; iptables -L > listmeufire.txt

Configuração via ambiente gráfico e remotamente

webmin tem modulo especifico sobre iptables/firewall e outros recursos..., Veja mais sobre webmin, como acessar remotamente e outras dicas em

http://www.zago.eti.br/webmin.txt

SSH - Considere o uso do ssh, permite executar aplicativos do ambiente gráfico remoto, tem varios aplicativos para windows, tanto em ambiente gráfico como texto (shell) é a mais segura e melhor ferramenta para acesso remoto, altamente configurável.

Acesso remoto via ssh em ambiente gráfico, cliente windows utilizando - Winscp - putty - Freenx - tutorial em

http://www.zago.eti.br/ssh/ssh-gui.html

FAQ, instalar, configurar, dicas e exemplos de uso do SSH em

http://www.zago.eti.br/ssh/ssh.html

http://www.zago.eti.br/ssh/ssh.txt

Edição de script, utilize editores simples, no shell local ou em conexões remotas via ssh, utilize o editor "vi" ou "mc", veja dicas sobre eles em.

http://www.zago.eti.br/vi.txt

http://www.zago.eti.br/mc.txt

Arquivos de configuração podem ser editados e manipulados com simples editor de texto, seja para fazer toda a configuração ou simples ajustes, pode utilizar ferramentas como webmin e refinar os ajustes com seu editor de texto preferido, pode copiar estes arquivos de outra instalação, portanto fique à vontade para fazer a seu modo, veja mais dicas de como manipular arquivos de configuração em

http://www.zago.eti.br/modelos/A-menu-modelos.html

Iniciar, parar, reiniciar, status

Comandos úteis

Onde ficam as regras de iptables

Em scripts precisa informar o caminho completo para chamar o Iptables. Dependendo da distro ou versão, pode estar em locais diferentes, utilize o comando whereis para localizer, exemplo.

  [zago@aula zago]$ whereis iptables
iptables: /usr/sbin/iptables

COMO INICIAR (CARREGAR) O MODULO IPTABLES? Coloque no inicio do script o comando correspondente a cada modulo, carregue somente os modulos necessários.

Como fazer NAT (compartilhar internet) modprobe iptable_nat

INSTALAR: qualquer regra de firewall que utilize Iptables requer a instalação do modulo ou compilar o kernel com ele embutido, prefira trabalhar com modulos, este procedimento é adotado pela maioria das distros.

Dependendo do perfil de instalação, pode incluir o não este modulo, use as ferramentas de sua distro para conferir se já está instaladou ou instalar quando for o caso.

Alguns exemplos via linha de comando, precisa tornar root no console para instalar pacotes;

Instalar via apt-get apt-get install iptables

Via smart. smart install iptables

Via Synaptic, procure, selecione e instale o pacote iptables.

Via rpm a partir do diretório onde salvou ou download ou montou o CD, rpm -ivh iptables-versão.rpm --replacepkgs

Como ver se está instalado? Use a ferramenta de sua distro, exemplo no CL9, via synaptic procure pelo pacote iptables ou via rpm, exemplo:

# rpm -qa | grep iptables iptables-1.2.7a-26694cl

ajuda: iptables -h

Iptables não foi iniciado, execute antes o comando ou inclua no rc.local:

modprobe ip_tables

modulos e ajuda

IPtables pode ser compilado com diversas bibliotecas.

Precisa carregar o modulo antes da regra que o utiliza, o local pode ser diferente conforme a distro, no SUSE 10.1 procure em /sys/module/, tente filtrar os modulos sobre iptables com ls -la /sys/module/ip*

Quando falhar o comando, procure identificar se foi compilado com a biblioteca ou terá que compilar seu iptables novamente.

Copia de parte de um firewall, (carregar modulos)

  ##### carregar modulos
/sbin/modprobe iptable_nat
/sbin/modprobe ip_conntrack
/sbin/modprobe ip_conntrack_ftp
/sbin/modprobe ip_nat_ftp
/sbin/modprobe ipt_LOG
/sbin/modprobe ipt_REJECT
/sbin/modprobe ipt_MASQUERADE

Obter ajuda sobre opções do iptables,

iptables -h

iptables --help

ajuda sobre mac

iptables -m mac --help

log do iptables

Para registrar as ocorrencias em log precisa carregar o ipt_LOG, no inicio do firewall ou antes de regra acrescente.

/sbin/modprobe ipt_LOG

Exemplo de uma regra para registrar log de todos acessos na porta 80, identificar o registro com "FIREWALL: http: ".

  $iptables -A INPUT -p tcp --dport 80 -i $EXTERNA -j LOG --log-level 6 --log-prefix "FIREWALL: http: "

Esta regra registra as ocorrencias em /var/log/firewall, cada acesso tem um registro neste formato.

  Jun 15 19:20:15 linux-speedy kernel: FIREWALL: http: IN=eth0 OUT= MAC=00:02:e3:0f:0b:26:00:04:16:00:c0:54:08:00 SRC=201.68.202.124 DST=200.204.198.164 LEN=44 TOS=0x00 PREC=0x00 TTL=252 ID=2 PROTO=TCP SPT=33049 DPT=80 WINDOW=7957 RES=0x00 SYN URGP=0

Use tail ou outra ferramenta para acompanhamento ou filtro.

veja os resultados de:

iptables -t filter -L INPUT

iptables -L INPUT -n

Dicas sobre log do sistema.

http://www.zago.eti.br/log.html

Como fazer um script (firewall) com regras de iptables

Tem sites que auxiliam na criação de script, segue algumas indicações.

Iptables script generator

http://www.linuxit.com.br/modules.php?name=Tux_BR_Iptables

Algumas dicas.

Em testes as regras podem ser executadas na linha de comando, mas isto tem um incoveniente, toda vez que reinicar a maquina as regras se perdem, o ideal e executa-las junto com o boot da maquina.

Quando for poucas regras pode acrescenta-las no final do script de inicialização, no CL é o rc.local que fica em /etc/rc.d/rc.local, este local muda conforme a distro, veja o local correto em sua instalação.

A maneira mais elegante é criar um script com as regras de firewall, torne-o executavel e acrescente no final de /etc/rc.d/rc.local, uma linha para executar o script junto com boot da maquina, exemplo para executar o script com nome iptfirewall.sh que está no sub-diretório /etc/rc.d, basta acrescentar no final de rc.local, esta linha:

/etc/rc.d/iptfirewall.sh

Como criar script, dicas, exemplos e documentação.

http://www.zago.eti.br/script/A-menu-scripts.html

Modelo 1 - compartilhar internet sem firewall

Este topico (MODELO 1) não é um firewall, são somente regras pra compartilhar uma conexão, ideal em testes de instalação e solução de problemas quando suspeitar de regras do firewall, com estas regras a maquina fica totalmente vulneravel a invasão, veja neste documento outros modelos com indicação da segurança.

Compartilhar uma conexão de internet para os demais micros da rede, precisa no minimo destas regras:

      modprobe iptable_nat
iptables -t nat -A POSTROUTING -o ppp0 -j MASQUERADE
echo 1 > /proc/sys/net/ipv4/ip_forward

Explicando:

A primeira linha carrega o modulo pra fazer NAT. A segunda linha faz o mascaramento a tercera linha ativa o IP forward, repasse de pacote pras demais maquinas da rede interna, veja mais exemplos abaixo.

Conexão via modem discado ou ADSL com IP dinamico que requer rp-pppoe, nestas conexões a interface é ppp0, segue o exemplo com ppp0

      modprobe iptable_nat
iptables -t nat -A POSTROUTING -o ppp0 -j MASQUERADE
echo 1 > /proc/sys/net/ipv4/ip_forward

Conexão via ADSL com IP fixo e outras conexões que utiliza a interface eth0.

      modprobe iptable_nat
iptables -t nat -A POSTROUTING -o eth0 -j MASQUERADE
echo 1 > /proc/sys/net/ipv4/ip_forward

A diferença entre as duas regras acima é a interface de saida pra internet, eth0 ou ppp0

Existem outras regras e maneiras, nos proximos exemplos tem mais exemplos sobre uso da regra com NAT.

a tercera linha ativa o IP forward, repasse de pacotes para as demais maquinas da rede interna.

Outras maneiras de ativar o mesmo serviço (acionar o IP forwarding).

alterar em /etc/sysctl.conf, de

net.ipv4.ip_forward = 0

para

net.ipv4.ip_forward = 1

Ou altere em /etc/sysconfig/network, de

# FORWARD_IPV4=no # not used anymore. see /etc/sysctl.conf

para

FORWARD_IPv4="yes"

Lembre que somente uma deverá ser utilizada, prefiro acrescentar no escript esta regra:

echo 1 > /proc/sys/net/ipv4/ip_forward

e não utilizo as outras mencionadas acima.

Conferir se repasse está habilidade (forward), execute:

cat /proc/sys/net/ipv4/ip_forward

Exemplo de comando e o que retorna quando habilitado.

  [zago@faq zago]$ cat /proc/sys/net/ipv4/ip_forward
1

Retornando 1 está habilitado, retornando zero não está habilitado, caso tenha dado o comando para fazer forward e no resultado acima está retornando 1, então tem algum erro, provavel erro de digitação.

regras do mascaramento cat /proc/net/ip_masquerade

ver as regras do iptables iptables --list -n -v

iptables --list

iptables -L

Regra para barrar um IP especifico acrescente a linha abaixo em seu script depois do ip_forward:

/usr/bin/iptables A -OUTPUT -p tcp -s IPBLOQUEADO -j DROP

Redirecionamento - regras por porta, IP e etc..

Existem diversas opções e regras para redirecionar um pedido que chega da internet para chegar a uma estação ou servidor que estão atrás do firewall. Segue alguns exemplos;
Redirecionar ssh, tudo que chega na porta 22 (usada pelo ssh) redirecionar para a estação com IP 192.168.1.53 $iptables -t nat -A PREROUTING -p tcp -s 0/0 --dport 22 -i eth0 -j DNAT --to 192.168.1.53:22
Onde:

eth0 = placa de rede de cara pra net, ajuste na sua instalação

22 é a porta que quero redicionar pra outra maquina (22 é a porta default utilizada nas conexões por ssh), pode ser alterada.

192.168.1.53 é o IP reservado da maquina interna que vai atender a conexão.
Na maquina remota (internet) a conexão é disparada para o IP do firewall, a regra acima redireciona para a estação, um exemplo de linha de comando para conexão via ssh; ssh user@IP, ou ssh zago@200.200.200.200, quando este pedido chega no Firewall com IP 200.200.200.200 é automaticamente redirecionado para a estação com IP 192.168.1.53 que atenderá o pedido e completará a conexão. $iptables -t nat -A PREROUTING -p tcp -s 0/0 --dport 22 -i eth0 -j DNAT --to 192.168.1.53:22 Outra opção, usar porta diferente no cliente, assim pode redirecionar cada porta para estações especificas, também pode redirecionar com troca de porta, neste exemplo a 2222 será redirecionada para 22, nesta regra vai redirecionar para a estação, somente os pedidos que chegam na porta 2222, os demais pedidos na porta 22 ou outra qualquer serão tratados por outras regras. $iptables -t nat -A PREROUTING -p tcp -s 0/0 --dport 2222 -i eth0 -j DNAT --to 192.168.1.53:22 Pode configurar o ssh para ouvir em outra porta, ou até mesmo manter a default, neste exemplo foram mantidas, tanto o firewall como estação estão ouvindo na porta 22, o uso da porta 2222 foi utilizando somente na linha de comando e na regra de iptables, a regra de redirecionamento funciona somente para os pedidos que chegam na porta 2222, a linha de comando na internet tem que indicar a porta, exemplo; ssh -p 2222 zago@200.200.200.200 o (-p 2222) serve para indicar a porta, os pedidos que chegarem na porta 22 seguem outras regras, pode ser redirecionada para outra maquina ou atendida pela própria maquina do firewall. Restringindo o redirecionamento somente a determinado IP, permitindo que somente conexões com origem no IP 200.204.198.164 sejam redirecionadas para a estação, qualquer conexão com origem em IP diferente não serão redirecionadas, exemplo da regra; $iptables -t nat -A PREROUTING -p tcp -s 200.204.198.164 --dport 2222 -i eth0 -j DNAT --to 192.168.1.3:22 Como pode notar, são varias opções, nem todos os serviços permitem a troca da porta, alguns requer regras mais complexas, mas sempre tem meios de dificultar o acesso de estranhos, mesmo sobre ssh tem muito mais. Somente voce sabe o que tem a proteger, portanto implemente as medidas de segurança, a finalidade aqui é dicas sobre redirecionamento, sobre segurança e outras dicas, continue pesquisando.... Para facilitar a organização por assunto, algumas regras estão no FAQ especifico sobre o pacote ou serviço, como exemplo, as regras de redirecionamento sobre VNC estão no FAQ sobre VNC, Bittorrent idem, consulte o tutorial ou FAQ especifico. Veja algumas indicações abaixo.
FAQ com mensagens da Linux-br

http://www.zago.eti.br/firewall/redirecionamento.txt

VNC - redirecionar pedidos que chegam da internet para estação atras de firewall

http://www.zago.eti.br/vnc.txt

Bittorrent - regras para habilitar acessarem à rede

http://www.zago.eti.br/bittorrent.html

Indicações...

Documentation about the netfilter/iptables project

Tem alguns documentos em Português.

http://www.netfilter.org/documentation/

L7-filter - classifica pacotes como Kazaa, HTTP, Jabber, Citrix, Bittorrent, FTP, Gnucleus, eDonkey2000, etc., identifica e permite criar regras de firewall, veja mais em;

http://l7-filter.sourceforge.net/

Excelente tutorial, vale a pena consultar - (em Inglês)

http://iptables-tutorial.frozentux.net/iptables-tutorial.html

Página principal sobre iptables e firewall.

http://www.zago.eti.br/A-menu-firewall.html

Acesso aos FAQ montado com seleção de respostas esclarecedoras na lista Linux-br.

http://www.zago.eti.br/firewall/

Pááina principal deste site (FAQ)

http://www.zago.eti.br/menu.html

INTEGRANDO O SAMBA E SQUID COM O ACTIVE DIRECTORY USANDO O KERBEROS E WINBIND

PREPARAÇÃO PARA O AMBIENTE

Será necessário um servidor Windows 2000 ou 2003 atuando como Domain Controller e um servidor Linux para Proxy.

Neste caso específico, o servidor Linux está rodando Debian Etch e ou CentOS 4, mas o tutorial também pode ser utilizado com outras versões de Linux. yt


Obs.: É obrigatório que exista um SERVIDOR WINS na REDE!

Vamos instalar as dependências para dar seqüência ao tutorial:

Primeiro, edite o arquivo /etc/hosts colocando o nome e o ip do seu Domain Controller:

# vi /etc/hosts

10.100.0.165 nelinho-sp.com.br nelinho-sp

10.100.0.165 server01. nelinho-sp.com.br server01

127.0.0.1 localhost.localdomain localhost prx


Em seguida, vamos instalar o NTPDATE para efetuar o sincronismo de horário entre o

Servidor Linux e um NTP Server:

# apt-get install ntpdate


Instalação do Kerberos

- Kerberos p/ Linux (Debia Sarge e Etch)

# apt-get install krb5-kdc krb5-config krb5-clients libpam-krb5 krb5-user


  • Kerberos p/ Linux Centos 4 e 5

#yum install krb5-libs

#yum install krb5-workstation

#yum install krb5-server


Após a instalação edite o arquivo krb5.conf:

#vi /etc/krb5.conf


[libdefaults]

ticket_lifetime = 24000

default_realm = NELINHO-SP.COM.BR

dns_lookup_realm = false

dns_lookup_kdc = false


[realms]

NELINHO-SP.COM.BR = {

kdc = 10.100.0.165

admin_server = 10.100.0.165:749

default_domain = 10.100.0.165

}

[domain_realm]

.nelinho-sp.com.br = NELINHO-SP.COM.BR

nelinho-sp.com.br = NELINHO-SP.COM.BR

[login]

krb4_convert = true

krb4_get_tickets = false

[logging]

kdc = FILE:/var/log/krb5kdc.log

admin_server = FILE:/var/log/kadmin.log

default = FILE:/var/log/krb5lib.log


Salve e feche.


Vamos editar alguns dos arquivos de configuração e efetuar a comunicação entre o Proxy e o Domain Controller via Kerberos.

Primeiro, é necessário que o horário do servidor Linux e do Servidor Windows estejam sincronizados. Para isto, iremos utilizar um servidor NTP, seguindo os seguintes passos:

- Servidor Linux

# ntpdate ntp.cais.rnp.br


- Servidor Windows

C:\Winnt> net time /setsntp:ntp.cais.rnp.br

C:\Winnt> net stop w32time & net start w32time


Em seguida, vamos iniciar a comunicação entre o Linux e o Domain Controller utilizando Kerberos. (Lembrando que o domínio utilizado neste tutorial chama NELINHO-SP.COM.BR)

# kinit administrator@NELINHO-SP.COM.BR


Será solicitada a senha do usuário “administrator”. Se tudo correu bem, você irá rodar o comando “klist” e o retorno será semelhante ao que obtivemos, conforme abaixo:

# kinit administrator@LAB.VIRTUAL

Password for administrator@LAB.VIRTUAL:

# klist

Ticket cache: FILE:/tmp/krb5cc_0

Default principal: administrator@LAB.VIRTUAL

Valid starting Expires Service principal

02/22/07 14:25:47 02/23/07 00:25:47 krbtgt/LAB.VIRTUAL@LAB.VIRTUAL

Kerberos 4 ticket cache: /tmp/tkt0

klist: You have no tickets cached


Se a saída do comando for diferente do apresentado acima, verifique:

  • Se não há erro no arquivo krb5.conf

  • Se o horário não está sincronizado entre as máquinas;

  • Se a senha do administrador foi alterada.


Vamos instalar o winbind:

#apt-get install winbind


Em seguida, vamos editar o arquivo nsswitch.conf

# vi /etc/nsswitch.conf

E alterar as linhas:

DE:

passwd: compat

group: compat

PARA:

passwd: compat winbind

group: compat winbind


Obs.: NÃO INICIE O WINBIND


Vamos instalar o samba no Debian Sarge ou Etch:

#apt-get install samba samba-common


Vamos instalar o samba no CentOS 4 ou 5:

#yum install samba


Edite o arquivo smb.conf:

#vi /etc/samba/smb.conf


[global]

workgroup = nelinho-sp

server string = squid server

netbios name = dvto2

log level = 2

log file = /var/log/samba/%m.log

max log size = 50

security = ads

password server = 10.100.0.165

encrypt passwords = true

socket options = TCP_NODELAY SO_RCVBUF=8192 SO_SNDBUF=8192

winbind uid = 10000-20000

winbind gid = 10000-20000

winbind enum users = yes

winbind enum groups = yes

template homedir = /dev/null

template shell= /dev/null

winbind use default domain = yes

interfaces = 10.100.0.0/16

bind interfaces only = yes

realm = nelinho-sp.com.br


#======= Share Definitions=========


[homes]

comment = Home Directories

browseable = no

writable = yes

valid users = %S

create mode = 0664

directory mode = 0775


[printers]

comment = All Printers

path = /var/spool/samba

browseable = yes

guest ok = yes

writable = no

printable = yes


Obs: ANTES DE INICIAR O SAMBA DEVEMOS INGRESSAR O SAMBA NO DOMÍNIO. ANTES DE INGRESSAR FAÇA AS SEGUINTES VERIFICAÇÕES:

  • VERIFIQUE SE O ARQUIVO /etc/samba/secrets.tdb FOI CRIADO, SE SIM APAGUE-O. ESTE ARQUIVO PRECISA SER EXCLUIDO PORQUE ELE GUARDA AS CONFIGURAÇÕES DE DOMÍNIOS ANTERIORES.

  • VERIFIQUE NA MÁQUINA WINDOWS SE A MÁQUINA SAMBA JÁ ESTÁ INGRESSADA, SE SIM EXCLUA.


Para incluir a máquina no domínio execute:

#net ads join -Uadministrator%password [senha do administrador]


Se a máquina ingressou com sucesso uma mensagem de sucesso vai aparecer, um novo arquivo secrets.tdb vai ser criado e a máquina vai aparecer no AD.

Inicie o samba e o winbind:

#/etc/init.d/smb start

#/etc/init.d/winbind start


DETALHES QUE DEVEM SER LEVADOS EM CONSIDERAÇÃO


Na máquina windows o domínio nelinho-sp.com.br deve ser pingado e a resposta deve ser algo como:

ping nelinho-sp.com.br

PING nelinho-sp.com.br (10.100.0.165) 56(84) bytes of data.

64 bytes from nelinho-sp.com.br (10.100.0.165): icmp_seq=0 ttl=128 time=1.59 ms

64 bytes from nelinho-sp.com.br (10.100.0.165): icmp_seq=1 ttl=128 time=0.680 ms

64 bytes from nelinho-sp.com.br (10.100.0.165): icmp_seq=2 ttl=128 time=0.825 ms


--- nelinho-sp.com.br ping statistics ---

3 packets transmitted, 3 received, 0% packet loss, time 2001ms

rtt min/avg/max/mdev = 0.680/1.032/1.592/0.401 ms, pipe 2


Se não pinga o mesmo não está resolvendo nomes. Verifique o DNS se está como autoritarivo (se o dns que estiver apontado está instalado na mesma máquina do AD). A resolução de nomes é importante para o funcionamento do AD com a integração.


CONFIGURANDO O SQUID PARA AUTENTICAR VIA NTLM


A versão instalada para os devidos funcionamentos foi a 2.5.

- Efetuando backup do arquivo de configuração original

# cd /etc/squid

# mv squid.conf squid.original

- Limpando todas as linhas comentadas do squid.original e gerando o squid.conf

# egrep -v "^#|^$" squid.original > squid.conf


Editando o arquivo squid.conf e colocando as linhas abaixo (As linhas em vermelho são as linhas utilizadas pela autenticação NTLM:

# vi /etc/squid/squid.conf


http_port 3128

cache_effective_user squid

cache_effective_group squid

cache_log /var/log/squid/cache.log

cache_access_log /var/log/squid/access.log

cache_store_log /var/log/squid/store.log

hierarchy_stoplist cgi-bin ?

acl QUERY urlpath_regex cgi-bin \?

no_cache deny QUERY

auth_param ntlm program /usr/bin/ntlm_auth -d NELINHO-SP --helper-protocol=squid-2.5-ntlmssp

auth_param ntlm use_ntlm_negotiate off

auth_param ntlm children 10

auth_param ntlm max_challenge_reuses 0

auth_param ntlm max_challenge_lifetime 5 minutes

auth_param basic program /usr/bin/ntlm_auth --helper-protocol=squid-2.5-basic

auth_param basic children 5

auth_param basic realm Digite o LOGIN/SENHA

auth_param basic credentialsttl 2 hours

auth_param basic casesensitive off

refresh_pattern ^ftp: 1440 20% 10080

refresh_pattern ^gopher: 1440 0% 1440

refresh_pattern . 0 20% 4320

acl all src 192.168.88.0/255.255.255.0

acl manager proto cache_object

acl localhost src 127.0.0.1/255.255.255.255

acl to_localhost dst 127.0.0.0/8

acl SSL_ports port 443 563

acl Safe_ports port 80 # http

acl Safe_ports port 21 # ftp

acl Safe_ports port 443 563 # https, snews

acl Safe_ports port 70 # gopher

acl Safe_ports port 210 # wais

acl Safe_ports port 1025-65535 # unregistered ports

acl Safe_ports port 280 # http-mgmt

acl Safe_ports port 488 # gss-http

acl Safe_ports port 591 # filemaker

acl Safe_ports port 777 # multiling http

acl CONNECT method CONNECT

acl acesso proxy_auth REQUIRED # Solicitando a autenticação

http_access allow manager localhost

http_access deny manager

http_access deny !Safe_ports

http_access deny CONNECT !SSL_ports

http_access allow acesso # Liberando usuários autenticados

http_access allow all

http_reply_access allow all

icp_access allow all

coredump_dir /usr/local/squid/var/cache

Criando o cache e iniciando o squid.

# squid -z


Para utilizar as regras baseadas em Grupos do Active Directory, utilize as seguintes linhas no seu squid.conf:


external_acl_type nt_group %LOGIN /usr/lib/squid/wbinfo_group.pl

acl AllowedWindowsGroups external nt_group GrupodoAD

http_access allow AllowedWindowsGroups


Depois de editar o seu squid.conf, não esqueça de recarregá-lo:

# squid –k reconfigure


Para verificar se a autenticação ntlm_auth está funcionando execute:

#/usr/bin/ntlm_auth --domain=nelinho-sp.com.br –username=[informe o login do AD]

Password:[digite a senha]

NT_STATUS_OK: Success (0x0)

Se a informação acima aparecer quer dizer que o usuário está autenticando, caso contrário não. Se aparecer a mensagem abaixo, a senha está errada:

NT_STATUS_WRONG_PASSWORD: Wrong Password (0xc000006a)


ANALISES DE ERROS E SOLUÇÕES

Para analisar se o squid vai iniciar com algum erro, execute ele em modo de debug:

#squid -d 2


ERROS

winbind client not authorized to use winbindd_pam_auth_crap Ensure permissions on /var/lib/samba/winbindd_privileged are set correctly – Este erro aparece quando a permissão de grupo para a pasta winbindd_privileged não está o grupo squid. Execute:

#chgrp chgrp proxy winbindd_privileged

#chmod 750 winbindd_privileged


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

KANETO, Guilherme. Autenticando o Squid no Active Directory via NTLM. Data 09/06/2007.

MELO, Sandro. BS7799, da Tática a Prática em Servidores Linux. Alta Books.

FAHDAZIZ. Configuring Samba 3.0 To Use The ADS Security Mode (CentOS). Endereço Eletrônico: http://www.howtoforge.com/samba_ads_security_mode. Data: 10/12/2007.

Controle de tráfego com TC, HTB e Iptables

A importância do controle de tráfego

Antes de mais nada quero declarar que este conteúdo foi retirado na integra do site http://www.eriberto.pro.br/wiki com o intuito único de divulgar o software livre.

Imagine uma rede que possua Internet, com um link de 2 Mb/s, e 50 máquinas. Exemplos atuais: prédios, pequenas empresas, lan houses etc. Imagine ainda que nessa rede possa ser utilizado qualquer tipo de programa de acesso à Internet.

Numa rede liberal, programas como o EMule ou o Kazaa poderão causar um enorme congestionamento. Um único EMule instalado em um computador da rede poderá abrir dezenas de conexões simultâneas. Com isso, caso algum outro usuário, em outro computador, deseje visitar o GMail, por exemplo, teremos uma máquina, estabelecendo uma conexão, lutando contra outro computador com 60 conexões (apenas um exemplo). Teremos, em outras palavras, 01 contra 60. É óbvio que haverá uma grande desvantagem para um dos dois. Isso ocorre porque, da forma como o Kernel Linux trabalho, normalmente, os pacotes são enfileirados em um buffer e saem na mesma ordem em que chegaram (FIFO, para os mais experientes). Aumentar o link, ao contrário do que muitos desinformados pensam, não resolveria o caso, pois só estaríamos dando mais "poder de fogo" ao usuário do EMule e continuaríamos sendo o 60º da fila. O que fazer então? Duas soluções possíveis:

  • Bloquear o EMule, tornando-se um administrador radical e forçando o usuário de tal programa a achar uma forma de burlar o controle (sempre há uma forma de fazer isso). Ainda, o EMule foi bloqueado mas outros programas similares não. Existem centenas deles.
  • Controlar o tráfego da rede, fazendo com que haja um equilíbrio ou uma prioridade na navegação. Esta parece ser a forma mais sensata.


Controle de tráfego ou controle de banda?

  • Banda (ou bandwidth): é a diferença entre os limites superior e inferior de uma freqüência, geralmente medida em hertz.
  • Tráfego: quantidade de informações digitais transmitidas, geralmente medida em bits por segundo (b/s).


Assim, ao controlar um tráfego de rede estaremos realizando um controle de tráfego e não de banda, como muitos dizem. Para alterar as propriedades de uma banda, teremos que fazer alterações físicas no meio.

Unidades de medida

Observe as seguintes idéias:

  • Em tráfego de rede estaremos submetidos à base decimal e não à binária, como em processamento, armazenamento e memória. Assim, 1 KByte por segundo será igual a 1000 bytes por segundo.
  • A abreviatura de byte é B.
  • A abreviatura de bit é b.
  • 1 B = 8 b (um byte é composto por 8 bits).

Assim, 250 Kb/s são iguais a 31,25 KB/s que são iguais a 31250 B/s.

Classes

As classes são como corredores ou tubos, por onde passarão os pacotes. Assim, você poderá construir classes (tubos), estabelecer a velocidade máxima dentro de cada classe e definir quais tipos de pacotes poderão fluir por cada uma delas. Por exemplo: você poderá construir uma classe para e-mail e outra para sites, cada uma com uma velocidade máxima diferente.

Disciplinas de controle de tráfego

Existem muitas disciplinas de controle de tráfego. No Linux, tais disciplinas se dividem em classless e classful.

As disciplinas classless são simples, possuindo apenas uma classe. Com isso, não há a possibilidade de realizar a divisão de diferentes tráfegos. Podemos citar as seguintes disciplinas classless:

  • PFIFO (Packet First In First Out)
  • PFIFO Fast (Packet First In First Out Fast - default no Kernel Linux)
  • RED (Random Early Detection)
  • SFQ (Stochastic Fair Queuing)
  • TBF (Token Bucket Filter)
Image:exclamacao36.png A disciplina TBF é excelente para limitar a velocidade máxima de uma placa de rede.



As disciplinas classful são mais eficientes e permitem a divisão do tráfego, priorizando cada tipo de conexão de acordo com as configurações utilizadas pelo administrador da rede. Podemos citar as seguintes disciplinas classful:

  • CBQ (Class Based Queueing)
  • HTB (Hierarchy Token Bucket)
  • PRIO (Priority class)

Atualmente, a melhor alternativa para o controle do tráfego é a associação do HTB com o PRIO.

O TC e as unidades de medida

No GNU/Linux, a implementação das disciplinas de controle de tráfego se dará com o comando tc. O tc utiliza as seguintes unidades de medida de velocidade de tráfego:

  • kbps - Kilobytes por segundo (KB/s)
  • mbps Megabytes por segundo (MB/s)
  • kbit Kilobits por segundo (Kb/s)
  • mbit Megabits por segundo (Mb/s)
  • bps Bytes por segundo (B/s)
Image:exclamacao36.png É importante salientar novamente que quando medimos memória e processamento utilizamos a base 2 (binária). Assim, todas as grandezas de memória e processamento são múltiplas de 1024. No caso do controle de tráfego, a base é decimal e todas as grandezas serão múltiplas de 1000. Assim, 1 Mb/s = 1000 Kb/s = 125 KB/s.



Como funciona o HTB

O HTB funciona de forma hierárquica e, como todas as outras disciplinas, controla os pacotes que saem de uma determinada placa de rede. Isso se deve ao fato de que, quando um pacote chega a uma máquina, ele não pode ficar parado no cabo de rede ou na onda de rádio (wireless) esperando para entrar na placa. O pacote entra e é armazenado no buffer. Assim, só resta controlar a sua saída do buffer para a rede. Isso pode ser entendido com a figura a seguir:



Na imagem anterior, a interface eth0 irá controlar todo o download da Internet e a interface eth1 todo o upload.

No que tange à hierarquia, o HTB possui um elemento principal conhecido como root, que receberá a designação numérica 1:0 ou, simplesmente, 1:. O root possui um subordinado imediato, que controla o tráfego máximo total possível. Esse subordinado é uma classe e receberá a designação 1:1.

Image:exclamacao36.png Os elementos superiores a cada classe são conhecidos como parentes. A indicação para isso é parent.

A seguir um exemplo de configuração do root e do parente de controle total de tráfego, para a interface eth0, com o comando tc:

tc qdisc add dev eth0 root handle 1:0 htb default 40
tc class add dev eth0 parent 1:0 classid 1:1 htb rate 100mbit

A primeira linha estabelece o root, para a interface eth0, com a designação 1:0, usando a disciplina HTB. A palavra qdisc é a abreviatura de Queue discipline ou disciplina de enfileiramento. Em resumo, refere-se à disciplina de controle de tráfego. A primeira linha também estabelece que a classe default será a 1:40.

Image:exclamacao36.png A classe default será utilizada para receber pacotes que não foram designados para trafegar em qualquer outra classe.

A segunda linha estabelece que a classe 1:1 será parente da 1:0. Esta classe estabelece que a interface de rede eth0 funcionará a 100 Mb/s.

Veja agora uma configuração do HTB já com algumas classes (dentro de um script em shell bash):

#!/bin/bash

tc qdisc del dev eth0 root

tc qdisc add dev eth0 root handle 1:0 htb default 40
tc class add dev eth0 parent 1:0 classid 1:1 htb rate 100mbit

tc class add dev eth0 parent 1:1 classid 1:10 htb rate 100kbit ceil 300kbit prio 0 # DNS / ACK / SYN / FIN
tc class add dev eth0 parent 1:1 classid 1:20 htb rate 500kbit ceil 800kbit prio 1 # E-mail
tc class add dev eth0 parent 1:1 classid 1:30 htb rate 1200kbit ceil 1600kbit prio 2 # HTTP / HTTPS
tc class add dev eth0 parent 1:1 classid 1:40 htb rate 300kbit ceil 500kbit prio 3 # Geral

A primeira linha remove qualquer pré-configuração existente. As duas linhas seguintes já foram analisadas. As próximas linhas são as classes que irão controlar o tráfego.

A classe 1:10 é parente da classe 1:1. Ela permitirá um tráfego de 100 Kb/s. Caso as outras classes estejam livres, sem tráfego, esta classe poderá emprestar um pouco do link que sobra nas outras, podendo chegar a 300 Kb/s. Esta classe tem prioridade 0, ou seja, todas as outras irão parar para o seu tráfego passar (caso isso seja necessário). No fim da linha há um comentário, que não é obrigatório. Por intermédio desse comentário, entendemos que a classe 1:10 será utilizada para tráfego DNS e para alguns pacotes com algumas flags TCP. A análise das demais classes segue o mesmo raciocínio. Apenas relembrando, a classe 1:40 é a classe default e, tudo que não for enviado para as outras classes terminará passando por ela.

A seguir, uma imagem que resume toda a situação explanada até aqui:



É interessante fazer uma configuração para a interface eth1 para controlar o upload. A configuração para a eth1 segue os mesmos princípios da eth0. Exemplo:

#!/bin/bash

tc qdisc del dev eth1 root

tc qdisc add dev eth1 root handle 1:0 htb default 40
tc class add dev eth1 parent 1:0 classid 1:1 htb rate 100mbit

tc class add dev eth1 parent 1:1 classid 1:10 htb rate 100kbit ceil 300kbit prio 0 # DNS / ACK / SYN / FIN
tc class add dev eth1 parent 1:1 classid 1:20 htb rate 500kbit ceil 500kbit prio 1 # E-mail
tc class add dev eth1 parent 1:1 classid 1:30 htb rate 300kbit ceil 500kbit prio 2 # FTP
tc class add dev eth1 parent 1:1 classid 1:40 htb rate 300kbit ceil 500kbit prio 3 # Geral
Image:exclamacao36.png Na classe 1:20, a opção ceil 500kbit poderia ter sido omitida, uma vez que tal ceil possui o mesmo valor de rate.
.

A instalação do comando tc e da disciplina HTB no Debian GNU/Linux

Para instalar o tc e o HTB no Debian, execute:

# apt-get install iproute


A associação do HTB com o Iptables

A divisão do tráfego pelas classes poderá ser feito com o auxílio do Iptables, utilizando a tabela mangle e o alvo CLASSIFY. A seguir, um exemplo de script de configuração do Iptables:

#!/bin/bash

PATH=/bin:/sbin:/usr/bin:/usr/sbin

iptables -t mangle -F

# DNS e ACK/SYN/FIN (pacotes com até 40 bytes)

iptables -t mangle -A FORWARD -p udp -m multiport --ports 53 -j CLASSIFY --set-class 1:10 # DNS
iptables -t mangle -A FORWARD -m length --length 0:40 -j CLASSIFY --set-class 1:10 # Flags TCP

# portas e-mail (entrada e saida)

iptables -t mangle -A FORWARD -p tcp -m multiport --ports 25,110,995 -j CLASSIFY --set-class 1:20

# trafego HTTP entrando

iptables -t mangle -A FORWARD -o eth0 -p tcp --sport 80 -j CLASSIFY --set-class 1:30

# trafego FTP saindo (upload)

iptables -t mangle -A FORWARD -o eth1 -p tcp --dport 20 -j CLASSIFY --set-class 1:30
Image:exclamacao36.png Note que nas classes 1:30, em virtude das opções -o eth0 e -o eth1, a interface eth0 será acionada somente para o tráfego HTTP que entra e a interface eth1 somente para o tráfego FTP que sai (porta 20 - dados).


A ordem das regras

Diferentemente das tabelas filter e nat, a tabela mangle lê todas as regras, até o final, mesmo que uma delas case com a situação do pacote em tráfego. Assim, deveremos colocar casos mais específicos como últimas regras.

Observe o exemplo a seguir:

# iptables -t mangle -A FORWARD -d 10.0.0.1 -p tcp --sport 110 -j CLASSIFY --set-class 1:65
# iptables -t mangle -A FORWARD -d 10.0.0.0/8 -p tcp --sport 110 -j CLASSIFY --set-class 1:70

A idéia das regras anteriores foi limitar a leitura de e-mails (protocolo POP3). A máquina 10.0.0.1 vai utilizar a classe 1:65, enquanto que o resto da rede 10.0.0.0 vai ser enquadrada na classe 1:70. No entanto, na prática, isso não irá acontecer, uma vez que a tabela mangle lê todas as regras existentes até o final. Assim, um pacote oriundo da máquina 10.0.0.1 será enquadrado pela primeira regra e, em seguida, pela segunda. Então, valerá a última situação. Ou seja, a ordem correta das regras deverá ser a seguinte:

# iptables -t mangle -A FORWARD -d 10.0.0.0/8 -p tcp --sport 110 -j CLASSIFY --set-class 1:70
# iptables -t mangle -A FORWARD -d 10.0.0.1 -p tcp --sport 110 -j CLASSIFY --set-class 1:65


Tráfego local

Como já foi dito, o controle de tráfego deverá ser feito no momento da saída do pacote pela placa de rede. Assim, caso você tenha que controlar o tráfego gerado pela máquina que contém o HTB, deverá ser utilizada a chain OUTPUT do Iptables. Isso será útil se, por exemplo, você quiser liberar totalmente o acesso à máquina de controle. Se você não fizer isso, um ssh para tal máquina, por exemplo, será impraticável. A seguir, um exemplo de liberação do tráfego:

# tc class add dev eth0 parent 1:1 classid 1:90 htb rate 100mbit prio 0

# iptables -t mangle -A OUTPUT -j CLASSIFY --set-class 1:90


Verificando as qdiscs e as classes existentes

Para verificar as qdiscs e as classes configuradas na eth0, execute:

# tc qdisc show dev eth0
# tc class show dev eth0

Caso deseje ver também detalhes e estatísticas, acresça as chaves -d e -s, da seguinte forma:

# tc -d -s qdisc show dev eth0
# tc -d -s class show dev eth0


O módulo multiport do Iptables

O módulo multiport do Iptables é um excelente elemento para ser utilizado em controle de tráfego, uma vez que é muito flexível. Observe as regras a seguir:

# iptables -t mangle -A FORWARD -p tcp --sport 110 -j CLASSIFY --set-class 1:78
# iptables -t mangle -A FORWARD -p tcp --sport 995 -j CLASSIFY --set-class 1:78

Essas regras poderiam ser substituídas por:

# iptables -t mangle -A FORWARD -p tcp -m multiport --sport 110,995 -j CLASSIFY --set-class 1:78

Ainda, observe:

# iptables -t mangle -A FORWARD -p tcp --sport 110 -j CLASSIFY --set-class 1:78
# iptables -t mangle -A FORWARD -p tcp --sport 995 -j CLASSIFY --set-class 1:78

# iptables -t mangle -A FORWARD -p tcp --dport 25 -j CLASSIFY --set-class 1:78
# iptables -t mangle -A FORWARD -p tcp --dport 465 -j CLASSIFY --set-class 1:78

Essas regras poderiam ser substituídas por:

# iptables -t mangle -A FORWARD -p tcp -m multiport --port 25,110,465,995 -j CLASSIFY --set-class 1:78

Outros módulos poderão ser úteis. Para aprender mais sobre eles, utilize o comando:

# man iptables


As somas das velocidades das classes

As somas das velocidades das classes não necessariamente precisarão ser menores do que a velocidade máxima do link. Apenas como exemplo, admita um link Internet de 1 Mb/s. Você poderá trabalhar com as seguintes classes e prioridades:


Observando a figura anterior, podemos notar que a soma das velocidades é 1150 Kb/s, enquanto o link total é 1000 Kb/s. No entanto, como trabalhamos com prioridades, haverá uma tendência das classes com menos prioridade diminuírem as suas velocidades, proporcionalmente, quando o link estiver saturado, para que as classes com mais prioridade possam trafegar. Entretanto, em virtude das velocidades utilizadas, em caso de saturação do link, nenhuma das classes deverá parar.

Image:exclamacao36.png Observe que não há uma necessidade de seguir uma ordem crescente numérica regular para numerar as classes e as prioridades. O mais importante é fazer a correta ligação com os parentes.


Pense nisto...

Observe a figura a seguir e deixe a sua imaginação fluir...


Agora, imagine a possibilidade de ramificar a classe 1:50 em mais duas ou três classes...